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Produto protege paredes da aderência do spray, que pode ser facilmente removido com água e sabão

O patrimônio público da Capital cearense vai, aos poucos, passando a contar um novo recurso contra o vandalismo. Com o intuito de resguardar os equipamentos da cidade da ação de pichadores, a Prefeitura de Fortaleza está realizando testes com uma tinta especial antipichação em obras entregues recentemente. Após receber a aplicação do produto, as paredes ficam imunes à aderência do spray. Assim, as inscrições feitas pelos depredadores podem ser facilmente removidas com água e sabão ou solvente, sem causar danos à superfície que recebeu a pintura.

O produto foi aplicado na fase de acabamento da construção dos viadutos Celina Queiroz e Reitor Antônio Martins Filho, situados no entroncamento das avenidas Engenheiro Santana Júnior e Antônio Sales, e dos túneis Barros Pinho (Av. Santos Dumont sob a Via Expressa) e Jornalista Demócrito Rocha Dummar (Paulino Rocha com Alberto Craveiro). Segundo o titular da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinf), Samuel Dias, todos estes equipamentos já sofreram vandalismo, mas não precisaram ser pintados novamente, porque as pichações foram limpas sem dificuldade.

Na avaliação do secretário, o mecanismo antipichação vem atendendo às expectativas da Prefeitura, e poderá ser adotado em empreendimentos futuros do Município. “É um produto conhecido de quem trabalha com obras públicas Este método já vem sendo utilizado com sucesso em diversas outras cidades. A ideia é que as obras a serem entregues recebam este processo”, explica o gestor.

Ainda em fase de teste, o mecanismo de proteção deverá passar por uma avaliação mais minuciosa, ao longo deste semestre, que atestará a sua efetividade e relação custo benefício. Logo após, caso se confirme o efeito da tinta a longo prazo, a tendência é que outros logradouros e prédios públicos também recebam a aplicação do produto. O fluido pode vir em forma de tinta incolor ou verniz, tendo acabamento brilhante.

Conforme Samuel Dias, o preço elevado do material impede que a utilização seja alastrada a todos os equipamentos do Município. “Quando se está fazendo uma obra grande, o custo pode ser absorvido. Por outro lado, em edificações que já existem, o custo da aplicação passa a ser muito alto”, pondera.

Ainda segundo o secretário, os prédios históricos da cidade também serão prioritários para receber a proteção. Durante os trabalhos de requalificação do Centro de Fortaleza, projeto da Prefeitura que tem início previsto para este semestre, a tinta antipichação deverá ser utilizada na restauração de edifícios e praças do bairro.

O próximo passo da Seinf será treinar equipes de profissionais de manutenção da Prefeitura para que aprendam a técnica correta de remover o spray, de forma a economizar esforço.

Arte urbana

Outra forma de inibir a ação de depredadores tem sido a utilização de pintura de painéis de arte urbana, a exemplo do que foi feito no túnel da Av. Santos Dumont e no Viaduto Deputado Jackson Pereira, no entroncamento das Avenidas Engenheiro Santana Júnior e Santos Dumont. Os espaços passaram por processo de pintura especial, com revestimento coberto por grafite artístico, de autoria do grafiteiro e educador social Davi “Favela”.

A tinta e o verniz antipichação são comercializados nas lojas especializadas de Fortaleza. Em média, um galão com 3,6 litros do produto custa R$ 250, sendo suficiente para revestir área de aproximadamente 30 metros quadrados.

Bruno mota
Repórter

Fonte: Diario do Nordeste